Pelo menos 13.550 idosos e outros grupos socias vivendo em situação de vulnerabilidade, nos distritos de Vilankulo, Govuro, Inhassoro e Mabote, norte da província de Inhambane, vão receber subsídio social básico, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Acção Social (INAS, IP), delegação de Vilankulo, de acordo com a meta traçada até final do presente ano.
O facto resulta da expansão do Programa Subsídio Social Básico (PSSB) para mais povoados daqueles distritos do norte da província de Inhambane.
Os povoados de Mapanzene, Cachane e Chihamela, no distrito de Inhassoro, testemunharam, há dias, a expansão do PSSB, acção a ser replicada proximamente nos distritos de Vilankulo, Govuro e Mabote.
Dulce Canhemba, administradora do distrito de Inhassoro, apelou, na ocasião, aos beneficiários do PSSB, a usarem de forma responsável os subsídios disponibilizados, por forma a fazer valer o esforço do Governo, visando garantir o bem-estar dos agregados familiares, principalmente os mais carenciados. “Este programa visa reforçar o nível de consumo, autonomia e resiliência de agregados familiares que vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade (extremas), bem como a melhoria de nutrição das crianças”, disse.
Acrescentou que a Estratégia Nacional de Segurança Social Básica visa materializar o Programa Quinquenal do Governo, através da implementação de acções que concorrem para a redução da pobreza e de vulnerabilidade, assegurando que os resultados do crescimento da economia nacional beneficiem todos os cidadãos, sobretudo os que vivem nesta condição.
Por seu turno, beneficiários presentes no acto prometeram aplicar o dinheiro para o fim a que os subsídios se destinam.
Já o delegado do INAS em Vilankulo, António Machava, disse que o Governo pretende, com o PSSB, reduzir o nível de vulnerabilidade dos beneficiários. “Este é um acto que compreende as nossas actividades, assistir as pessoas mais vulneráveis; iniciamos com os pagamentos, primeiro, no distrito de Vilankulo e agora estamos em Inhassoro e retomamos os pagamentos cobrindo o período de Janeiro a Junho”, afirmou.
“Promovendo a Alfabetização para um Mundo em Transição: Construindo Bases para Sociedades Pacíficas e Sustentáveis”, é o lema das celebrações do Dia Internacional de Alfabetização, já na próxima sexta-feira, 8 de Setembro, que têm como foco a mulher, rapariga e pessoas com deficiência. O acto central terá lugar no distrito de Chongoene, província de Gaza.
O Centro de Alfabetização e Educação de Adultos de Boane, na província de Maputo, acolheu, no passado dia 1, o acto central do lançamento da semana Internacional da efeméride, presidido pela Primeira-Dama da República.
Isaura Nyusi vincou que a educação é uma das chaves para a mudança, assinalando que as disparidades na educação, baseadas no género, constituem um obstáculo significativo ao progresso social e económico.
Para Isaura Nyusi, as mulheres instruídas contribuem para o crescimento económico, redução das taxas de pobreza e melhoram os resultados em termos de saúde para elas próprias e para as suas famílias, “daí, a importância de se investir na educação da mulher e da rapariga jovem”, disse.
De entre os cursos de habilidades para a vida, no âmbito de alfabetização e educação de adultos, no Centro de Boane, destaca-se a horticultura, criação de animais de pequena espécie, corte e costura, culinária, caixa de poupança, empreendedorismo, informática, inglês e beleza. Estes cursos contribuem para a melhoria da renda das famílias.
Estima-se que já beneficiaram destes cursos, mais de 4.788 alfabetizandos, dos quais 2.367 mulheres. “É com a implementação destes programas que se desenvolvem capacidades de leitura, escrita, cálculos e aquisição de habilidades para a vida, no seio dos grupos que frequentam os centros de alfabetização, com vista a redução da taxa de analfabetismo”.
Segundo a Primeira-Dama, a construção de uma sociedade sã exige de todos, mudança de atitude e comportamento, assegurando que o processo de ensino e aprendizagem não constitua apenas a aquisição de conhecimentos, mas também, o reforço de valores para a construção de uma sociedade pacífica e sustentável, por meio de actividades pedagógicas que promovam tolerância, diálogo, respeito às diferenças, inclusão e preservação do ambiente.
Sublinha ser diante desta nova exigência de habilidades e valores, que Moçambique incentiva os ciclos de interesse e os comités escolares de gestão de desastres para o desenvolvimento sustentável e harmonioso das comunidades e da sociedade em geral, exortando para a necessidade de as celebrações servirem como um momento para reflexão, troca de experiência e recolha de subsídios, e sugerindo passos subsequentes adequados em torno dos objectivos do Subsistema de Educação de Adultos. “Adicionalmente, que todos, cada um no seu sector ou local de trabalho, debatam, de forma franca e apaixonada, a situação actual de alfabetização no país e o seu papel no desenvolvimento económico e social”, apelou.
Por outro lado, Isaura Nyusi congratula-se com a intervenção de diferentes actores, de forma directa ou indirecta, em prol de eficácia, qualidade e sucesso dos programas de alfabetização e educação de adultos. Inclui-se os parceiros do governo na luta pela erradicação do analfabetismo, “mal que ainda assola as nossas comunidades, em especial nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete e Sofala, onde as taxas de analfabetismo ainda estão acima da média nacional. É nosso sonho ver todas as pessoas com habilidades de leitura, escrita e cálculo para as fases seguintes da aprendizagem”, sublinha a Primeira-Dama.
A Primeira-Dama da República, Isaura Nyusi, apela para a identificação de estratégias que levem à aceleração da alfabetização, através de actividades culturais e lúdicas, que despertem a consciência das comunidades, para a necessidade de serem alfabetizadas, com maior enfoque na mulher, rapariga e pessoas com deficiência.
Em mensagem alusiva ao lançamento da Semana Internacional de Alfabetização, cuja data se celebra a 8 de Setembro, sob o lema “Promovendo a Alfabetização para um Mundo em Transição: Construindo Bases para Sociedades Pacíficas e Sustentáveis”, Isaura Nyusi exorta a sociedade a promover reflexões profundas sobre a necessidade de redução da taxa de analfabetismo, dos actuais 38.3 por cento, de acordo com o Inquérito de Orçamento Familiar (IOF) 2022, para 26 por cento em 2024, e 23 por cento, em 2029.
“Exorto ainda às mamãs, aos papás, aos rapazes e às raparigas com idade igual ou superior a 15 anos, que por diferentes razões não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade certa, para se inscreverem nos centros de alfabetização tutelados pelas escolas primárias, secundárias e instituições de formação de professores que funcionam nas suas comunidades, ou ainda, junto da família com os filhos, amigos e vizinhos que frequentam o ensino secundário e superior, para aprenderem a ler, escrever e calcular a partir de casa”, diz a mensagem.
A Primeira-Dama da República encoraja igualmente a frequência de cursos de curta duração de habilidades para a vida, a exemplo de corte e costura, carpintaria, culinária, entre outros, que concorrem para o auto-emprego, visando melhoria de vida individual, das famílias e das comunidades.
A Semana Internacional de Alfabetização decorre de 1 a 8 de Setembro, com a celebração a culminar com uma cerimónia central, a ter lugar no distrito de Limpopo, na província de Gaza.
Moçambique comemora a efeméride desde 1976, com o objectivo de reconhecer o contributo das bases onde ocorre a aprendizagem como um referencial que promove a troca de saberes, constrói o conhecimento e habilidades de indivíduos que por várias razões não tiveram oportunidades de estudar em tempo útil.
Deputados do Parlamento Infantil Nacional dedicaram, recentemente, parte do seu tempo pintando um quadro sob a mentoria do artista plástico Elias Abdula Naguib, ou simplesmente Naguib.
A iniciativa esteve enquadrada no âmbito dos trabalhos da VII Sessão do Parlamento Infantil Nacional, realizada nos dias 22 e 23 de Agosto, na cidade de Maputo, naquilo que Nagub qualifica de “momento excelente para se estudar a situação da criança”.
Naguib disse, a propósito, que “o workshop do Parlamento infantil (Nacional) correu bem e foi bom”, acrescentando que da pintura fez despontar alguns talentos que devem merecer a atenção de quem de direito, o que passa por replicar a iniciativa nas províncias e dar a devida continuidade.
Segundo Naguib, o aproveitamento dos talentos das crianças requer envolvimento de especialistas como psicólogos, uma vez que se nota uma grande diversidade na sua criatividade.
“Através da pintura é possível ver as aflições das crianças, o seu engajamento e a própria educação nas escolas”, afirmou o pintor plástico.
O Vice-Ministro do Género, Criança e Acção Social, Lucas Mangrasse, testemunhou, nesta sexta-feira, 11 de Agosto, o início de pagamento do Subsídio para Criança, abrangendo 124 beneficiários, no âmbito do Programa Subsídio Social Básico (PSSB).
O acto teve lugar no bairro Mucororo, Posto Sede do distrito de Mogovolas, na província de Nampula e esteve enquadrado na visita de monitoria conjunta que integrou a Alta Comissária Britânica em Moçambique, Helen Lewis e a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Maria Luisa Fornara.
No distrito de Mogovolas, assistido pela delegação do Instituto Nacional de Acção Social (INAS, IP) de Angoche, o subsídio vai cobrir, nesta primeira fase, 624 crianças.
Durante o evento, as mães e outros cuidadores foram sensibilizados a seguirem com rigor o calendário de consultas hospitalares, para controlar o desenvolvimento das crianças.
Refira-se que na província de Nampula está previsto par este ano, o atendimento de 33.146 crianças, das quais 5.498 para a Delegação do INAS, IP de Angoche.
O subsídio para criança, em Nampula, abrange os distritos da cidade de Nampula, Anchilo, Muecate, Morrupula, Menconta, Ilha de Moçambique, Nacala-Velha, Memba, Mossoril, Lalaua, Mecuburi e Angoche.