Promovendo a Alfabetização para um Mundo em Transição: Construindo Bases para Sociedades Pacíficas e Sustentáveis”, é o lema das celebrações do Dia Internacional de Alfabetização, já na próxima sexta-feira, 8 de Setembro, que têm como foco a mulher, rapariga e pessoas com deficiência. O acto central terá lugar no distrito de Chongoene, província de Gaza.

O Centro de Alfabetização e Educação de Adultos de Boane, na província de Maputo, acolheu, no passado dia 1, o acto central do lançamento da semana Internacional da efeméride, presidido pela Primeira-Dama da República.

Isaura Nyusi vincou que a educação é uma das chaves para a mudança, assinalando que as disparidades na educação, baseadas no género, constituem um obstáculo significativo ao progresso social e económico.

Para Isaura Nyusi, as mulheres instruídas contribuem para o crescimento económico, redução das taxas de pobreza e melhoram os resultados em termos de saúde para elas próprias e para as suas famílias, “daí, a importância de se investir na educação da mulher e da rapariga jovem”, disse.

De entre os cursos de habilidades para a vida, no âmbito de alfabetização e educação de adultos, no Centro de Boane, destaca-se a horticultura,  criação de animais de pequena espécie, corte e costura, culinária, caixa de poupança, empreendedorismo, informática, inglês e beleza. Estes cursos contribuem para a melhoria da renda das famílias.

Estima-se que já beneficiaram destes cursos, mais de 4.788 alfabetizandos, dos quais 2.367 mulheres. “É com a implementação destes programas que se desenvolvem capacidades de leitura, escrita, cálculos e aquisição de habilidades para a vida, no seio dos grupos que frequentam os centros de alfabetização, com vista a redução da taxa de analfabetismo”.

Segundo a Primeira-Dama, a construção de uma sociedade sã exige de todos, mudança de atitude e comportamento, assegurando que o processo de ensino e aprendizagem não constitua apenas a aquisição de conhecimentos, mas também, o reforço de valores para a construção de uma sociedade pacífica e sustentável, por meio de actividades pedagógicas que promovam tolerância, diálogo, respeito às diferenças, inclusão e preservação do ambiente.

Sublinha ser diante desta nova exigência de habilidades e valores, que Moçambique incentiva os ciclos de interesse e os comités escolares de gestão de desastres para o desenvolvimento sustentável e harmonioso das comunidades e da sociedade em geral, exortando para a necessidade de as celebrações servirem como um momento para reflexão, troca de experiência e recolha de subsídios, e sugerindo passos subsequentes adequados em torno dos objectivos do Subsistema de Educação de Adultos. “Adicionalmente, que todos, cada um no seu sector ou local de trabalho, debatam, de forma franca e apaixonada, a situação actual de alfabetização no país e o seu papel no desenvolvimento económico e social”, apelou.

Por outro lado, Isaura Nyusi congratula-se com a intervenção de diferentes actores, de forma directa ou indirecta, em prol de eficácia, qualidade e sucesso dos programas de alfabetização e educação de adultos. Inclui-se os parceiros do governo na luta pela erradicação do analfabetismo, “mal que ainda assola as nossas comunidades, em especial nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete e Sofala, onde as taxas de analfabetismo ainda estão acima da média nacional. É nosso sonho ver todas as pessoas com habilidades de leitura, escrita e cálculo para as fases seguintes da aprendizagem”, sublinha a Primeira-Dama.