O Instituto Nacional de Acção Social (INAS, IP), delegação de Maxixe, com uma meta de 14295 agregados familiares já cumprida para o presente ano, no Programa Subsídio Social Básico (PSSB), em cinco distritos da província de Inhambane, apoia comunidades que vivem em extrema pobreza e vulneráveis em diferentes programas de ajuda humanitária.

O INAS conta com cinco programas de assistência humanitária, e no programa Subsídio Social Básico atende mais de 14 mil beneficiários nos distritos de Maxixe, Homoine, Morrumbene, Massinga e Funhalouro.

Segundo a delegada do INAS em Maxixe, Esperança Pacule, no PSSB, dos 14295 agregados familiares assistidos, houve este ano incremento de 232 novos beneficiários dos povoados de Malamba, Mazuane, Bulanhane, Chokwe e Marilane no distrito de Massinga.

“No distrito de Massinga estamos a lançar hoje o Programa Subsídio Social Básico em alguns povoados das localidades de Malamba e Chicomo, que vão abranger um universo de 232 novos agregados familiares, dos quais 82 chefiados por homens e 150 por mulheres. Com este incremento, o distrito de Massinga passa dos 3375 agregados familiares para 3607, dos quais 1162 chefiados por homens e 2213 por mulheres”, disse Esperança Pacule.

Segundo ainda a delegada do INAS na Maxixe, o pagamento do PSSB constitui uma enorme satisfação aos beneficiários que vivem em extrema pobreza, pois com este valor conseguem prover alimento, garantir a saúde e educação para as suas famílias.

“Para o presente ano, este é o nosso primeiro pagamento do PSSB, o que constitui um ganho não só para o INAS mas também para o governo moçambicano no seu todo, isto é quando nós paramos de fazer o pagamento a nossa população reclamava e agora conseguimos notar que há uma grande satisfação, porque vão poder prover alimentos para as suas famílias”, explicou a Esperança Pacule.

Apelou aos beneficiários para o uso correcto do subsídio recebido, isto é, evitar aplicar o valor na compra de bebidas alcoólicas, hipotecando o verdadeiro destino do mesmo.

“Nós desencorajamos muito o uso do subsídio para compra de bebidas alcoólicas, como todos sabemos, quando não estamos nas nossas faculdades mentais a 100 por cento, devido ao álcool, o maior risco é o desvio do foco que é a compra de alimentos para as suas famílias”, explicou a delegada do INAS na Maxixe.  

Esperança Pacule anotou ainda que no PSSB, o pagamento do valor depende de escalões previamente definidos “temos cinco escalões que variam de acordo com a constituição do agregado familiar. Para um agregado familiar composto por um membro, nós pagamos 540 meticais por mês, um agregado com dois membros são 640 meticais por mês, agregado com três membros são 740 meticais, para agregado com quatro membros pagamos 840 meticais e de cinco membros em diante o valor é de mil meticais por mês”.

Segundo a fonte, no presente ano, o INAS delegação de Maxixe vai investir 178.888.440 meticais na assistência de 17170 beneficiários, de uma menta atribuída de 17 870 agregados familiares, o equivalente a 96 por cento.

Do universo, 3500 beneficiários são do distrito de Maxixe, 2441 de Homoíne, 2897 de Morrumbene, 4780 de Massinga e 3552 são de Funhalouro, distribuídos em diferentes programas de assistência humanitária. 

Por sua vez, a administradora do distrito de Massinga, Laurina Titosse, que orientou a cerimónia de lançamento do PSSB na localidade de Malamba, disse que a introdução deste programa nesta região constitui um ganho, na medida em que oferece oportunidade a pessoas carentes, de beneficiarem de apoio do governo para a satisfação das suas necessidades básicas.

“O distrito de Massinga teve um incremento no PSSB, antes nós tínhamos cerca de 3375 beneficiários e tivemos um incremento de 232 totalizado 3607 e quando foi nos comunicado que o distrito de Massinga foi incrementado com este subsídio nós fizemos a divisão pelas cinco localidades e hoje estamos aqui na localidade de Malamba, para fazer o lançamento oficial dos novos beneficiários e o pagamento atrasado, desde o mês de Janeiro último, o que é benéfico para nós como governo, pois vamos puder aliviar o sofrimento da nossa comunidade”, explicou Laurina Titosse.

A governante apela aos beneficiários a não pautarem pela compra de bebidas alcoólicas, devendo garantir a sustentabilidade das famílias. “Quero, aqui, desafiar a todos os que receberam este subsídio, para não comprarem bebidas alcoólicas, mas sim canalizarem o valor na compra de alimentos para as suas famílias, garantindo, desta forma, a saúde e educação, para além de comprar insumos agrícolas para alargar os vossos campos agrícolas”, apelou.

Já os beneficiários consideraram que o dinheiro que receberam do INAS vai ajudar nas despesas de educação, alimentação, saúde, entre outras necessidades.

“Estou satisfeita com a recepção do valor do INAS, há bastante tempo estava a precisar e não sabia como me beneficiar. Com este valor irei canalizar nas despesas de educação, saúde e alimentação dos meus filhos. Quero aqui pedir a todos os beneficiários a canalizarem o valor para assuntos importantes e não comprarem bebidas alcoólicas”, disse Micaela Notisso.

Ernesto Abel, outro beneficiário da localidade de Malamba, disse que a satisfação é enorme, até porque com o valor recebido muitas preocupações serão ultrapassadas. “Recebi, hoje, 740 meticais, através do governo moçambicano representado pelo INAS, com este valor muita coisa na minha vida vai mudar, principalmente no que diz respeito a questões primárias da vida tal como saúde, educação, alimentação e compra de roupas diversas. Com este valor irei igualmente comprar insumos agrícolas para incrementar a minha área de cultivo”, congratulou-se.