O Ministério do Género, Criança e Acção Social (MGCAS) acolheu nesta quinta-feira, 27 de Abril, em Maputo, um workshop para a validação do Guião de Procedimentos no Atendimento e Assistência às vítimas de Violência Baseada no Género (VBG) nos 26 Centros de Atendimento Integrado (CAI) no País.

Geraldina Juma, Directora Nacional do Género, que dirigiu o evento, disse que a validação da ficha única será um ganho, uma vez que vai uniformizar a recolha de informação e evitar duplicação e geração de dados não fiáveis sobre as vítimas de violência a nível nacional.

“A ficha única electrónica irá trazer grande impacto, porque não haverá duplicação de dados sobre a mesma vítima, desde a porta de entrada, seja numa unidade de saúde, esquadra policial ou a nível dos serviços do género, Criança e Acçao Social”, disse Juma, enfatizando que o instrumento vai conciliar dados de diferentes intervenientes e melhorar a planificação e o atendimento.

Apelou divulgação massiva da ficha nas respectivas instituições, com vista a uma maior socialização “deste instrumento “a todos os níveis, para facilitar a assistência às vítimas da VBG.

Para Delfina Rangel, analista de género e VBG e gestora do Programa Spotlight no Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da População (FMUAP), a validação do documento vem responder ao grande desafio que havia na harmonização de dados sobre o atendimento às vítimas de violência no país.

A Ficha Única teve a validação do Mecanismo Multissectorial de Atendimento Integrado à Mulher Vítima de Violência para garantir o estabelecimento de uma base de dados com informação sobre as vítimas a todos os níveis, sob gestão do MGCAS no formato físico e electrónico.

 No evento participaram cerca de 30 membros do grupo multissectorial que intervém no Atendimento Integrado às vítimas de VBG ao nível central e provincial dos sectores do Género, Criança e Acção Social, Saúde, Interior, Justiça e Assuntos Constitucionais e Religiosos, parceiros de cooperação como Fundo das Nações Unidas para Criança e FNUAP.