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A Ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, participou virtualmente, nesta segunda-feira, 28 de Novembro, no Seminário Internacional para Mulheres líderes dos Partidos Políticos dos países da África Austral.

Na sua intervenção, Nyeleti Mondlane, começou por saudar as mulheres chinesas e da África Austral, especialmente as participantes do evento, em reconhecimento do papel que vêm desempenhando nos domínios político, económico, social e cultural nos países membros. “Saúdo a Federação Nacional de Mulheres da China pela organização deste evento para reflectir sobre a participação e liderança das mulheres nos partidos políticos e o seu papel no processo de desenvolvimento”, disse a governante, obsecrando ser uma honra para Moçambique.

Nyeleti Mondlane lembrou aos participantes, que o processo de emancipação da mulher iniciou em 1964 com a Luta de Libertação Nacional, que culminou com a Independência de Moçambique em 1975, quando a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), assumiu que a liberdade do povo moçambicano passava, também, pela libertação das mulheres e era condição para a vitória. Como resultado deste processo, em 1969, foi criado o Destacamento Feminino, através do qual as mulheres participaram activamente em todas as frentes da Luta de Libertação Nacional.

Para Nyeleti Mondlane, a orientação ideológica da FRELIMO teve um impacto positivo, tendo facilitado a inclusão das mulheres nos cargos políticos e de direcção, em todas as esferas, depois da Independência e hoje a Constituição da República de Moçambique estabelece os Princípios da Universalidade e de Igualdade de Género, no contexto da edificação de uma Sociedade de Justiça Social, de protecção e defesa dos direitos humanos.

O Estado moçambicano assume que a promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens, o combate à violência, a discriminação, às uniões prematuras, bem como a erradicação da pobreza são indispensáveis para materialização do desejo de construir uma sociedade inclusiva, sendo que neste contexto, a Promoção da Igualdade e Equidade de Género, Inclusão Social e Protecção dos Segmentos mais Vulneráveis da População, são prioridades do Programa Quinquenal do Governo 2020-2024.

A Ministra do Género, Criança e Acção Social reiterou que Moçambique conta com um quadro legal que orienta as acções implementadas por instituições públicas e privadas, sociedade civil e religiosos, entre outros sectores da sociedade, no contexto da promoção da igualdade e equidade de género. “É notório o aumento do acesso de mulheres e homens aos serviços sociais básicos e podemos afirmar, que a participação da mulher em todos os domínios é cada vez maior” sublinha Nyeleti Mondlane.

A governante observa que apesar dos avanços visíveis “temos, ainda, desafios na construção de uma sociedade igualitária, na erradicação da violência, das uniões prematuras, das gravidezes precoces, das práticas sociais nocivas, da pobreza, da exclusão social e de outros males que prejudicam o desenvolvimento das mulheres e raparigas”, disse, destacando a importância de investimento na formação e empoderamento económico das mulheres “para o bem-estar da mulher, condição para o desenvolvimento dos nossos países. É importante o envolvimento dos homens, pois não poderemos lograr êxitos, sem o compromisso e participação de todos”.

O seminário, de um dia, decorreu sob o lema “Reunir a Sabedoria e a Força de Mulheres Chinesas e Africanas para Implementar em Conjunto a Iniciativa de Desenvolvimento Global”. “Este lema tem importante significado, porque reconhece o papel que a mulher desempenha na construção de sociedades igualitárias e de justiça social”, sublinhou Nyeleti Mondlane.

 O evento contou com a participação de Huang Xiaowei, Vice-Presidente da Federação Nacional de Mulher Chinesa, representantes dos países da África Austral e das Organizações Femininas internacionais.