Mercê do levantamento das medidas restritivas da COVID-19, os centros infantis e escolinhas comunitárias retomaram, de forma gradual, o funcionamento no presente ano de 2022, segundo a Ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, falando esta segunda-feira, 21 de Novembro, numa audição Parlamentar, no âmbito da proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado para 2023.
Nyeleti Mondlane observou que a retoma ocorre apesar da redução do número de centros infantis e escolinhas comunitárias e da sua capacidade de atendimento, devido à readequação destas unidades sociais ao novo normal.
A situação afectou o acesso à educação pré-escolar, que passou de zero crianças em 2021 para 84.484 crianças em 2022, o que representa um esforço de reintegração do grupo em preparação para entrada no ensino primário.
Para o próximo ano, pretende-se passar das actuais 84.484 para 101.001 integradas na educação pré-escolar, o que significa um aumento de abrangência.
Em 2019 existiam na rede de educação pré-escolar, 106.630 crianças dos 0-5 anos, que correspondia a dois por cento de cobertura. Para o ano 2020 tinha sido planificado o atendimento de 109.829 crianças dos 0-5 anos na educação pré-escolar (centros infantis e escolinhas comunitárias.
Entretanto, com a eclosão da COVID-19, uma das medidas tomadas para a prevenção e mitigação da propagação da pandemia foi a paralisação das actividades lectivas, acontecendo o mesmo em 2021, o que limitou a possibilidade de expansão da educação pré-escolar no país.
Nos próximos dois anos, o Governo programou acções que vão promover maior e melhor atendimento de crianças dos zero aos cinco anos na educação pré-escolar, com destaque para a formação de mais educadores de infância e animadores de escolinhas comunitárias, promoção de educação pré-escolar inclusiva, entre outras.