“A atribuição de prémios a jornalistas sobre a área de deficiência no país, deve servir de incentivo para mais investigação e divulgação dos direitos da pessoa com deficiência”, defendeu hoje (15 de Dezembro) em Maputo, o Vice-Ministro do Género, Criança e Acção Social, Lucas Mangrasse.
Falando na Gala de Premiação dos vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo sobre os direitos das Pessoas com Deficiência, que agraciou sete jornalistas de sector público e privado, nas categorias da imprensa escrita, televisão e rádio, organizada pela Rede de Comunicadores Amigos da Criança (RECAC), Light For The World, Fórum Moçambicano de Deficientes (FAMOD) e Fundo das Nações Unidads para a Infância (UNICEF), Mangrasse disse que a iniciativa se reveste de grande importância para a sociedade.
“Os profissionais da comunicação social desempenham papel preponderante na sociedade. Temos a certeza de que o Prémio, que hoje atribuímos, servirá de incentivo para os jornalistas aprofundarem as suas investigações e usarem o seu poder para divulgar informação e mensagens que contribuam para a consciencialização da sociedade sobre a necessidade de respeito pelos Direitos da Pessoa com Deficiência”, disse.
Mangrasse ressalvou que a iniciativa de premiação a jornalistas constitui meio de sensibilização da classe de escribas a participar na promoção dos direitos da pessoa com deficiência, rumo à construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva, onde mulheres e homens contribuem para o desenvolvimento do país.
O governante destacou que o respeito pelos direitos da Pessoa com Deficiência exige o envolvimento de todos os intervenientes a realizarem acções coordenadas para a melhoria da situação desta camada social a vários níveis.
“Desta forma, estarão a influenciar a mudança de atitude em relação à deficiência, eliminação de barreiras, contribuindo para a participação da pessoa com deficiência, nos esforços de desenvolvimento do Pais”, disse Mangrasse, convidando a todos jornalistas para divulgar informação sobre a deficiência, disponibilizando-a em formatos acessíveis às Pessoas com Deficiência.
O vice Ministro do Género, Criança e Acção Social fez um enquadramento sobre o quadro legal nacional e internacional, evocando a legislação favorável à promoção dos direitos da Pessoa com Deficiência, à luz da Constituição da República, nos artigos 35 e 125, sobre a igualdade de direitos entre os cidadãos e a protecção especial da família, da sociedade e do Estado.
Em Moçambique existe um universo de 727.620 pessoas com deficiência, o equivalente a 2,6% da população, sendo 355.559 mulheres e 372.061 homens, de acordo com o Censo do INE 2017. (X)