A Ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, defende o empoderamento da mulher como desafio de todos, apontando como ingrediente principal para este objectivo, a certeza nas famílias, de que a rapariga deve ir à escola, com condições condignas até terminar os estudos, para escolher o seu próprio destino.

Nyeleti Mondlane falava a jornalistas, à margem das cerimónias centrais do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, frisando ser fundamental enaltecer os feitos da mulher na sociedade.  “Nós somos as mães da humanidade, é preciso continuarmos a trabalhar afincadamente, no sentido de honrarmos essa pessoa que nos deu a vida, que nos educa”.

Sobre o lema das celebrações da data (Inclusão Digital: Inovação e Tecnologia para a Promoção da Igualdade de Género) a governante defende a eliminação da disparidade exacerbada entre homens e mulheres e rapazes e raparigas em termos de uso de tecnologia. “Temos que fechar esse gap e assegurar que a nossa rapariga tenha acesso a plataformas digitais, para o seu bom uso”.

A Ministra do Género, Criança e Acção Social reitera a necessidade de uso de plataformas digitais com maior responsabilidade, justificando com o que designa de “outro lado negro”. “As plataformas digitais são usadas para traficar e maltratar as nossas raparigas e dar uma imagem “suja” às nossas meninas, porque estamos a ver plataformas digitais que diminuem a mulher sexualmente”, disse Nyeleti Mondlane, frisando tratar-se de uma moeda com dois lados: sim a inclusão digital, acesso às plataformas, mas de uma forma responsável.

A governante encontra solução na melhoria da legislação, para assegurar que a rapariga e a mulher não sejam vítimas do desenvolvimento tecnológico. Para Nyeleti Mondlane, o desenvolvimento das plataformas digitais pode levar a grandes patamares, desde que sejam usadas de forma responsável e saber punir aqueles que abusam o acesso a esses sistemas, para proteger as raparigas.

Calamidades naturais

“O Governo, juntamente com forças da Sociedade Civil, deu resposta às pessoas que estão em vulnerabilidade, ainda há muito trabalho para fazer, ao nível do nosso sector (MGCAS) estamos a dar kits de dignidade e material às famílias em vulnerabilidade, para pelo menos poderem se orientar, até que haja condições para cada família poder reerguer-se”, disse a Ministra do Género, Criança e Acção Social.