O Governo de Moçambique reconhece e valoriza o desenvolvimento da mulher em várias esferas da sociedade, sobretudo no tocante à educação, disse Geraldina Juma, Directora Nacional do Género, num encontro subordinado ao tema Feira de Partilha, organizado recentemente pela ONU Mulheres, em Maputo, em coordenação com a UNESCO e a  Embaixada da Bélgica.

Subordinado ao lema “Inovação e Mudança Tecnológica e Educação na Era Digital para Alcançar a Igualdade de Género e a Capacitação de Todas as Mulheres e Raparigas”, o encontrou serviu para os participantes abordaram a problemática da integração dos assuntos de género nas políticas sobre inovação, tecnologia e educação na era digital, as oportunidades de financiamento para promover acesso equitativo para homens e mulheres e medidas para responder à violência contra as mulheres e raparigas nos espaços digitais.

Segundo Geraldina Juma, a luta pela Inovação Digital, com a crescente tendência de mudanças tecnológicas, constitui ainda uma barreira para a promoção da igualdade de género e de oportunidades entre os homens e as mulheres, sendo notória a fraca participação das mulheres em cursos de tecnologia de informação e comunicação.

Existe ainda um grande fosso na existência de ferramentas e serviços digitais sobretudo na zona rural, afectando sobretudo mulheres com baixa renda e com um baixo nível de escolarização.

“Por isso, criar condições para a promoção da inovação inclusiva e mudança tecnológica para capacitar mulheres e raparigas, bem como garantir a existência de espaços digitais mais seguros, constitui ainda um grande desafio para o País”, sublinhou.

O encontro, de partilha de experiências, juntou vários actores, de entre os quais tecnólogos, inovadores, empresários e activistas da igualdade de género. “Julgamos ser uma grande oportunidade para em conjunto encontrarmos soluções que ajudarão a reduzir ou colmatar a lacuna digital de género, bem como na identificação de estratégias de combate à utilização das tecnologias digitais que prejudicam os direitos humanos das mulheres e raparigas”, concluiu.